terça-feira, 30 de outubro de 2012

Orçamento do Estado para 2013!!!

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Hoje tem início a discussão do orçamento de estado para 2013. Mais do que nunca vão nos fuder pelo que, a bem das gerações futuras, nada melhor que um bom conselho!!!

NOTA: A foto é de minha inteira responsabilidade. O texo abaixo é de Daniel Oliveira, publicado no semanário "Expresso" on-line.

Cada um dos deputados é responsável pelo que nos acontecer
Os deputados vão aprovar hoje a destruição do País. Com base em previsões macroeconómicas que são uma fraude descarada (apenas 1% de recessão para o ano e crescimento no segundo semestre), aprovarão o maior ataque fiscal de que há memória no nosso País. Não para garantir as funções sociais e de soberania do Estado (essas, diz-se, vão ser "refundadas"), mas para continuar a pagar, sem sequer tentar negociar, uma espiral de juros de uma dívida impagável.
Com este orçamento conseguirão destruir a classe média, acabar com o mercado interno, lançar centenas de Pequenas e Médias Empresas para a falência, agravar brutalmente o desemprego, asfixiar definitivamente a economia, garantir enormes perdas fiscais para o Estado (não há impostos sem economia) e adiar ainda mais um crescimento económico indispensável para o País pagar as suas dívidas e sustentar-se a si próprio. Este orçamento não é apenas socialmente criminoso. É irresponsável.
Os deputados representam os cidadãos, não representam partidos políticos ou governos. Cada um é deles é responsável pelo seu voto, que não é delegável em nenhum líder parlamentar. Nenhum deles se pode esconder atrás da disciplina partidária ou de declarações de voto inconsequentes. Cada um deles, nominalmente, será responsável por todas as consequências que este orçamento venha a ter para o País. Não vale a pena, daqui a um ou dois anos, criticarem as decisões que tomaram, como se elas lhes fossem estranhas. Este orçamento é dos deputados porque foi para isso mesmo que os elegemos a eles e não aos ministros. É o governo que lhes deve obediência, não o oposto.
Se aprovarem um orçamento em que, como já todos perceberam, não acreditam, os deputados que suportam a maioria terão de ser, cada um deles, responsabilizados por todas as consequências económicas, sociais e políticas que dele advenham. E se elas forem a que toda a gente com o mínimo de bom senso prevê, os portugueses não se devem esquecer dos seus nomes. Quem falha num momento destes não deve continuar na vida política. Nem como deputado, nem como ministro, nem como presidente de uma junta de freguesia. Em próximas eleições, a forma como cada um destes representantes dos cidadãos tiver votado deve ser exibida como o mais importante elemento do seu currículo político. Se soubessem que assim seria talvez pensassem duas vezes antes de votar.

domingo, 28 de outubro de 2012

Um ciclone de nome...Gaspar!!!

AVISO DE FURACÃO !!!
«PREVINAM-SE... Está a formar-se em Portugal Continental uma tempestade violentíssima, de grau 7 na escala de IRS, chama-se GASPAR e tem o epicentro localizado em S. Bento, Lisboa. Ameaça a partir de 3ª feira atingir todo o Continente e Ilhas. Desloca-se a baixa velocidade, mas com uma intensidade destruidora, prevendo-se que deixe muita gente desalojada e completamente arrasada no seu bem-estar.»
Eduardo Amarante
 
Fonte: Facebook (CÉPOVOA)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Simplesmente...Sublime!!!

Pedro Marques, enfermeiro português de 22 anos, emigra quinta-feira de madrugada para o Reino Unido, mas antes despediu-se, por carta, do Presidente da República e pediu-lhe para não criar “um imposto” sobre as lágrimas e sobre a saudade.   
 
                        
“Quero despedir-me de si”, lê-se na missiva do enfermeiro portuense, enviada hoje a Cavaco Silva e que tem como título “Carta de despedida à Presidência da República”.

O enfermeiro Pedro Marques, que diz sentir-se “expulso” do seu próprio país, implora a Cavaco Silva para que não crie um “imposto sobre as lágrimas e muito menos sobre a saudade” e apela ao Presidente da República para que permita poder regressar um dia a Portugal.

“Permita-me chorar, odiar este país por minutos que sejam, por não me permitir viver no meu país, trabalhar no meu país, envelhecer no meu país. Permita-me sentir falta do cheiro a mar, do sol, da comida, dos campos da minha aldeia”, lê-se.

Em entrevista à Lusa, Pedro Marques conta que vai ser enfermeiro num hospital público de Northampton, a 100 quilómetros de Londres, que vai ganhar cerca de 2000 euros por mês com condições de progressão na carreira, mas diz também que parte triste por “abandonar Portugal” e a “família”.

Na mala, Pedro vai levar a bandeira de Portugal, ao pescoço leva um cachecol de Portugal e como companhia leva mais 24 amigos que emigram no mesmo dia

Mónica Ascensão, enfermeira de 21 anos, é uma das companheiras de Pedro na diáspora.

“Adoro o meu país, mas tenho de emigrar, porque não tenho outra hipótese, porque quero a minha independência, quero voar sozinha”, conta Mónica, emocionada, pedindo ao Presidente da República e aos governantes de Portugal para que “se preocupem um pouco mais com a geração que está agora a começar a trabalhar”.

“Adoraria retribuir ao meu país tudo aquilo que o país deu de bom”, diz, acrescentando que está “zangada” com os governantes, porque o “país não a quer mais”.

Pedro Marques não pretende que o Presidente da República lhe responda.

NOTA: Foto e notícia do jornal "O Público".

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Pistoleiro Borges de Clara Ferreira Alves - Expresso Revista 5OUT2012


 
«MEU CARO BORGES, o senhor é um pistoleiro ao serviço do dinheiro. E como tal, um de nós está a mais neste país, ou você ou nós, povo português. Sabe o que acontece aos pistoleiros fora da lei no final do filme e antes do tiroteio? Aparece- lhes pela frente um xerife bera. Há um filme interessante que desde já recomendo a Vexa. chamado "Gunfight at the O.K. Corral", que em português teve o horrível título de ...
"Duelo de Fogo" (porque os portugueses são todos uns ignorantes, como Vexa sabe). Diz o xerife Wyatt Earp para o cowboy fora da lei Billy Clanton antes de o matar:
"Pensas que és muito duro, não pensas, filho? Pois eu nunca conheci um pistoleiro tão duro que vivesse para celebrar o seu 35a aniversário. Aprendi uma regra sobre pistoleiros. Há sempre um homem que saca mais rápido do que tu, e quanto mais usares a arma mais depressa aparece esse homem".
O senhor acha-se muito esperto, inventor de ideias brilhantes como a TSU, congeminada por neurónios que estiveram ao serviço de entidades de mérito internacional dedicadas ao bem-estar de uns poucos em detrimento de todos.
Entidades como a Goldman Sachs, onde o senhor era um entre muitos diretores mas com a inegável vantagem de vir de um pequeno, pobre (e "ignorante") país onde os paisanos ficam impressionados com títulos como diretor da Goldman Sachs, ou vice-presidente do que quer que seja. Com o seu título de Finanças e os seus pergaminhos académicos, a sua Universidade de Stanford, o seu INSEAD, o seu Banco de Portugal, o seu Citibank, o seu BNP Paribas, a sua Petrogal, a sua Sonae, a sua Jerónimo Martins, a sua Cimpor e a sua Vista Alegre, as suas consultadorias americanas (que a sua biografia oficial não esclarece), o seu breve FMI (uns mesitos até ser corrido), a sua Universidade Nova, a sua Universidade Católica, o seu Instituto Europeu de Corporate Governance, a sua Comissão Política Nacional do PSD e a sua Assembleia Municipal de Alter do Chão (passa-me aí o alter do chão), mais a sua autoridade moral em matéria de hedge furtds, de que os portugueses sabem nada, o senhor é um homem requestado. Nunca produziu um livro que se visse, um pensamento, uma teoria geral.
O senhor é um alto empregado do sistema capitalista internacional e nunca teve de se esforçar muito para compreender o mundo das pessoas que não têm a sua fortuna. Na verdade, só quem não tem de trabalhar duro para viver pode, decentemente, operosamente, genialmente, desempenhar tantos cargos de topo em tantos lugares ao mesmo tempo. O senhor faz parte do reduzido grupo dos que não têm nada para aprender porque ensinam os outros. O senhor é um pedagogo, um homem para toda a obra desde que a obra consista em defender a regra da multiplicação do capital à custa do trabalho. É um ramo de atividade que remunera muito. E, conhecendo Portugal, depois de um título na carteira todos os títulos vêm parar às mãos. O nosso provincianismo convenceu-o de que o senhor era um construtor quando não passa de um destruidor. Como se dizia dantes, o senhor ganha bem e sai cedo. E, caramba, até da Fundação Champalimaud o senhor é administrador.
Na verdade, nunca ninguém lhe deve ter dito que o senhor não passa de um pistoleiro contratado. É que nenhum primeiro-ministro com o juízo todo num país em austeridade contrata pistoleiros para defenderem o interesse do Estado português face aos interesses privados.
Porque o senhor abomina o Estado português, todos os Estados, e, suspeito, despreza os portugueses que não são tão importantes como o senhor. Não se dá a chave da casa ao banco. O senhor é o do banco, será sempre o do banco. E deram-lhe a chave da nossa casa
A condescendência que usa quando fala da estupidez e ignorância dos outros, todos os outros, sentado ao lado de inteligências como o Relvas, homem de muito estudo e procura do conhecimento, leva-me a concluir que como todos os pistoleiros, o senhor nunca critica a mão que lhe dá de comer e que não tem escrúpulo académico. Percebo que se trata da nobre missão de vender o país.
Que é o que o senhor, com empenho, acolitado pelo Relvas, vem fazendo. Da água que bebemos à energia com que nos aquecemos, o senhor privatiza e depois põe o povo português a pagar as rendas, tarifas e taxas dos monopólios e negócios que o senhor assinou em nosso nome. É verdade, o senhor trabalha para nós e ninguém se lembrou de lhe explicar isso. É o nosso empregado. Saia enquanto pode.»
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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Comentário de Manuel Carvalho: Tenham Medo!!!



Tenham medo. Tenham muito medo. Olhando para o que andou a fazer o Governo depois do regresso de férias sobram razões para angústia e medo, muito medo, sobre o que alguns dos ministros podem estar a pensar fazer neste exacto momento.                           
Quem se lembra de anunciar a 7 de Setembro um aumento das contribuições sociais dos trabalhadores em 7% para menos de um mês depois avançar com o mais violento aumento de impostos desta geração, é capaz de tudo.

Num curto espaço de 26 dias, pessoas como Vítor Gaspar, Passos Coelho, Santos Pereira ou Carlos Moedas transfiguraram-se, desligaram-se do mundo e, do alto dos seus cargos, ou revelaram uma confrangedora inocência política, ou uma pérfida propensão para humilhar o país. Só total ausência de sensibilidade, a absoluta falta de lucidez política ou, pior ainda, a arrogância petulante de que basta ler uns certos livros para se ter razão pode justificar este mês de loucura.

Não nos iludamos com as palavras. As alternativas às mudanças na Taxa Social Única (TSU) prometidas por Passos Coelho na reunião do Conselho de Estado caíram no esquecimento. O reforço do saque fiscal ontem apresentado não tem nada a ver com o caso. Com a TSU, o Governo pretendia superar o veto do Tribunal Constitucional, tentando ao mesmo tempo beneficiar as empresas em nome da competitividade.

Com o aumento de impostos de ontem o que está em causa é apenas a necessidade de tapar um défice glutão que devora os rendimentos, o Estado e a economia. Quer isto dizer que, mesmo que a nova TSU fosse aprovada, o Governo teria de aumentar os impostos para satisfazer as metas do défice inscritas no programa do ajustamento. Por aquelas cabeças passou por isso a ideia de que seria possível retirar aos cidadãos 7% dos seus rendimentos para depois os sobrecarregar com mais IRS, mais IMI e por aí fora.

Foi preciso a maior manifestação desde 1975 em Portugal e uma rejeição generalizada do país para que a famigerada alteração à TSU fosse revogada. Passos diria depois no Parlamento que “o Governo não é cego, nem surdo, nem ficará mudo” e teve de recuar.

Agora, imagine-se que esta pequena réstia de bom-senso num mês inteiro de desvario não tinha existido. Suponha-se que a TSU tinha sido aprovada. Como reagiriam os cidadãos a mais esta carga de impostos? Esperaria por acaso Vítor Gaspar que as milhares de famílias que vivem no limiar da decência o aplaudissem em nome do ajustamento externo? Ou que as classes médias condenadas a empobrecer lhe louvassem o empenho na competitividade e no défice? Ficariam caladas?

O que todas estas perguntas deixam no ar é um problema de credibilidade. Estaremos nós a ser governados por pessoas que têm o sentido das proporções das políticas que aprovam, ou o Governo não passará de uma elite de lunáticos que vive noutro planeta?

A dúvida, terrível, só se dissipará quando alguém nos disser que não, que ninguém no Governo acreditava que este país é assim tão resignado e derrotado para não se insurgir contra as duas austeridades da TSU e a dos impostos. Ou quando ficarmos a saber que, afinal, a TSU não passou de uma manobra de diversão para abrir caminho a mais IRS.

Sem que as dúvidas se desfaçam, estaremos condenados a viver com a suspeita de que ou o irrealismo tomou conta do Governo, ou que o Governo toma os seus cidadãos por súbditos dispostos a acatar em silêncio as suas mais despóticas políticas. Num ou noutro caso, tenham medo. Tenham muito medo.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A Puta que os Pariu a Todos!!!

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«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.»
José Saramago - Cadernos de Lanzarote - Diário III - pag. 148
 
Fonte: Facebook. CÉPOA.