Francisco Louçã anunciou no parlamento uma moção de censura ao governo a apresentar no dia 10 de Março. Quatro dias antes havia afirmado que uma moção de censura neste momento não teria «utilidade prática».
No dia seguinte, já arrependido, não fosse o diabo tecê-las e a moção ser aprovada e, com lugar as novas eleições, o Bloco de Esquerda (BE) desaparecesse do panorama político, encarregou o líder parlamentar José Manuel Pureza de anunciar que a moção de censura era contra o governo e contra o PSD!
O BE, ao anunciar que a moção era contra o governo e contra o PSD abriu, descaradamente, as portas à fuga do PSD para a não aprovação da moção de censura não permitindo assim uma clarificação política. O PSD ficou com a vida facilitada. Viu-se pela correria de vários dirigentes do PSD aos canais de TV para afirmarem que não fazia sentido a aprovação da moção do BE. Sabemos o motivo: é que ainda não é o momento oportuno para o PSD derrubar o governo. O trabalho ainda não está completo. O ideal seria a chegada do FMI. Não no interesse do país e do povo português mas no interesse do PSD. Desculparia muitas coisas...
O BE, ao contrário do que afirmam os dirigentes do PSD, não fez um favor ao governo com a apresentação desta moção de censura. Fê-lo sim ao PSD!
O BE que representou uma "pedrada no charco" e uma "lufada de ar fresco" no panorava político português está a revelar-se um partido imaturo. E muito provavelmente vai sofrer as consequências...
Jorge,
ResponderEliminarTotalmente de acordo...
João Martins
Totalmente de acordo com essa análise. O PSD vai tirar dividendos: a Bem da Nação, como partido "responsável" vai votar contra ou abster-se. E tem todos os "vira-casacos" da nossa comunicação social a favor deles. Vai lavar as mãos...Até quando? O Marcelo já falou: Até à apresentação do próximo orçamento. Nem precisa de apresentar moção de censura! Basta chumbar o orçamento.
ResponderEliminarSem surpresas o Pedro Passos Coelho disse que o PSD iria se abter. E ainda teve o descaramento de dizer que este ainda é o tempo para o PS governar. E exigindo que o governo cumpra as medidas a que se comprometeu, nomeadamente a redução do défice orçamental e da dívida pública portuguesa. E se por acaso o governo conseguir? Vai aprovar o próximo orçamento? Perguntas que deviam ter sido feitas e não foram.
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