terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Poema...

Joelho

Ponho um beijo

demorado

no topo do teu joelho


Desço-te a perna

arrastando

a saliva pelo meio


Onde a língua

segue o trilho

até onde vai o beijo


Não há nada que disfarce

de ti aquilo que vejo


Em torno um mar

tão revolto

no cume o cimo do tempo


E os lençóis desalinhados

como se fosse

de vento


Volto então ao teu

joelho

entreabrindo-te as pernas


 Deixando a boca

faminta

seguir o desejo nelas.

Maria Teresa Horta

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